“ Como dizer-te que não custa morrer?, de Maria Adelaide Valente
O reencontro adquire valor, no tempo em que o tempo foge ao próprio tempo e a vida deixou de ser feita apenas de encontros e desencontros.
Por ser o “ O Dia Mundial do Livro”, não resisti a, em poucas palavras, me reportar, ao almoço realizado no dia trinta e um de Março, uma nova forma de celebrar a Páscoa, em que Maria Adelaide Valente nos brindou com a oferta de “ Como dizer-te que não custa morrer?, da sua autoria.
A liberdade de estilo, o rigor e a meticulosa escolha da palavra certa, ombreando com a elegância do discurso impelem o leitor à descoberta das personagens, alimentando a curiosidade e o interesse até à última página.
Através de Sara, Mateus e outros, a autora promove a reflexão acerca da realidade, num mundo globalizante, propício ao sucesso profissional, por vezes, máscara de autênticos dramas pessoais. E, a perpassar estes quadros bem realistas, sempre ternura e afecto em abundância, um convite ao leitor para que viva cada momento como se fosse único e o último.
Adelaide Valente faz uma incursão ao mundo da memória longínqua, talvez inexistente para alguns, ou ainda recente para aqueles que vivenciámos situações próximas dos “quadros” representados em “ Com Chave Dourada “ e “ Contabilidades”.
Ao ler “ Do Caldo de Saramagos de D. Adelaide…” estou certa que nem todo o leitor sabe o que isso é… Memórias de um passado -presente, recheado de carências.
Em minha opinião, “ Como dizer-te que não custa morrer? permite muitas leituras: cada leitor, sua leitura!
Maria da Glória Alves
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