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sábado, 27 de junho de 2009

Resumo da obra “O segredo do Rio” , de Miguel Sousa Tavares


Um rapaz vivia numa aldeia, numa casa do campo. À frente da sua casa existia um ribeiro, local onde o rapaz mais gostava de brincar.
Numa tarde de Primavera, o rapaz estava entretido a fazer construções com pedras e ramos. De repente, ouviu um barulho na água e reparou num peixe enorme que acabara de saltar Com metade do corpo fora de água, o peixe ficou a olhar para o rapaz e começou a falar com ele. Disse-lhe que o lago era lindo e perguntou-lhe se este lhe pertencia. O rapaz ficou muito admirado, inquirindo-o como é que ele sabia falar. O peixe ou antes a carpa, explicou-lhe que tinha aprendido a falar a língua das pessoas e como tinha chegado àquele ribeiro. Os dois fizeram um acordo, isto é, o peixe podia viver no ribeiro, mas ninguém poderia saber que ele falava.
O rapaz e o peixe brincavam sempre juntos, tornando-se grandes amigos. Quando o rapaz chegava ao ribeiro atirava umas pedrinhas para chamar o seu amigo, esse era o sinal combinado.
Chegou o Outono e os dias continuavam quentes e secos. O rapaz andava muito alegre, pois assim podia continuar a ir para o ribeiro durante o dia e à noite. Um dia, ao ouvir uma conversa dos pais percebeu que estavam preocupados com a falta de chuva. Não sabiam o que teriam para dar de comer aos filhos, durante o Inverno.
Um dia, a mãe lembrou-se que tinha visto uma carpa grande no ribeiro e que daria para a família sobreviver durante muito tempo. O pai concordou com a ideia de pescar a carpa, no dia seguinte. Depois de ouvir essa conversa, o rapaz ficou aterrorizado e foi imediatamente avisar o seu amigo para ele fugir.
Com muita tristeza, os dois amigos despediram-se. O peixe disse ao rapaz que nunca o esqueceria por ele lhe ter dado abrigo e lhe ter poupado a vida. No dia seguinte, o pai ficou decepcionado quando verificou que o peixe já não estava lá. Apesar da traição à família, o rapaz ficou aliviado por não ver o amigo morto.
Nas semanas seguintes, toda a gente continuava triste, a olhar para o céu para ver se vinha chuva. O rapaz nem se aproximava do ribeiro, para não sentir ainda mais saudades do seu amigo.
Duas semanas depois, numa noite em que o menino estava à janela do seu quarto, viu o peixe no ribeiro. Ficou tão emocionado que teve de esfregar os olhos para ter a certeza que era o seu amigo. Saiu «disparado» de casa e a alegria era tanta, que entrou na água e abraçou-se ao peixe. Este, confidenciou-lhe que tinha trazido alimentos para a sua família e explicou-lhe como tinha arranjado os alimentos.
Depois de fugir ficou sem saber se devia descer ou subir o rio e pôs-se a pensar na situação dos pais que nada têm para dar a um filho que tem fome. Foi nesse momento que se lembrou de ter visto um barco naufragado. Este, ao partir ao meio, deixou cair imensas latas de comida que trazia dentro do porão. Com uma rede que ele encontrou fez um saco onde colocou bastantes latas de conservas. Devido ao peso do saco ele não conseguiu arrastá-lo, nem com a ajuda de outros peixes. Então, quando duas raposas bebiam água no rio, explicou-lhes o que tinha acontecido e pediu-lhes ajuda. O peixe concluiu que quando as pessoas são amigas dos animais, estes também devem retribuir essa amizade. Assim, com a ajuda das raposas e ao fim de doze dias de grande esforço, o peixe conseguiu arrastar a rede até à casa do rapaz. No dia seguinte, ele ia dizer ao pai que tinha sido o peixe a salvá-los, mas lembrou-se que não lhe podia contar o seu segredo, porque receava pela vida do peixe. Assim, o rapaz disse apenas aos pais, que o peixe era muito inteligente e muito amigo porque os salvou da fome. Ao verem toda a comida, os pais do rapaz pensaram que estavam a sonhar. Isso dava para o Inverno inteiro, mesmo que não chovesse.
Quando estavam todos à mesa, os pais concordaram em deixar o peixe lá viver. Depois do almoço, o pai fez uma tabuleta de madeira, que dizia «Proibido pescar neste local».
No dia seguinte, foi a vez do rapaz escrever: “Este rio tem um segredo e esse segredo é só meu”.

Bárbara Gomes, nº 6, 5º J

1 comentário:

Hugo disse...

Lindo uma beleza